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The Vines of Mendoza

Vinhos argentinos para colecionar

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Para os amantes de vinho, ter uma adega pessoal não é mais um capricho: é uma necessidade. A importância de ter um espaço de armazenamento para os vinhos que desejamos colecionar é diretamente proporcional à quantidade e qualidade dos vinhos que fazem parte dele. Mas além disso, há um fator muito importante quando se trata de alimentar essa adega, que é a diversidade. O verdadeiro colecionador de vinhos é aquele que não só tem os vinhos franceses mais famosos em sua adega, como também escolhe e valoriza aquelas pérolas escondidas nos diferentes cantos do mundo. Os chamados Vinhos do Novo Mundo ocupam cada vez mais espaço nas adegas dos colecionadores. E, dentre eles, a Argentina oferece uma ampla diversidade de linhagens, regiões e estilos para todos os gostos. Se você deseja diversificar sua adega pessoal adicionando grandes rótulos de vinhos argentinos para colecionar, esta lista é para você:

Chañar Punco da El Esteco

No norte da Argentina, um grupo de produtores trabalha incansavelmente para obter vinhos que representem fielmente esse incrível terroir. A Bodega El Esteco é um deles.

Um exemplo dessa pesquisa é o Chañar Punco, o ícone da vinícola. Originalmente de um vinhedo localizado em Catamarca, com 2.000 metros acima do nível do mar, ele é um corte de 65% Malbec e 35% Cabernet Sauvignon que são colhidas manualmente, e cada varietal é produzido separadamente. Após 18 meses em barris novos de carvalho francês, o corte é feito selecionando os 8 melhores barris.

O Chañar Punco é um vinho concentrado, com notas de frutas maduras, especiarias e baunilha. Na boca é intenso, com taninos firmes, um pouco de licor e final longo.

Malbec Estancia Uspallata

Em Uspallata, a 2.000 metros acima do nível do mar, este é o vinhedo mais alto de Mendoza. Lá em cima, Alejandro Sejanovich e Jeff Mausbach chegaram para explorar um pequeno oásis de solos pobres, pedregosos e calcários perdidos entre as montanhas e com muito potencial para produzir grandes vinhos de alta altitude.

O Malbec Estancia Uspallata é uma das revelações dos últimos anos. Com apenas três safras, ele recebeu elogios e aplausos da crítica internacional e da mídia especializada. As uvas são colhidas manualmente e ele é produzido a partir de inúmeras microvinificações, buscando sua melhor expressão. O estágio de 14 meses ocorre principalmente em barris de carvalho francês usados.

O resultado é um malbec selvagem e poderoso, com notas de frutas escuras e especiarias, uma textura nítida e aveludada com um final longo.

SuperUco Gualta

Se explorar os limites fosse o assunto, seria inevitável pensar nos irmãos Michelini. Esta família de enólogos de Mendoza tem uma bela vinícola em Los Chacayes, no Vilarejo de Enólogos da The Vines. Lá encontramos o SuperUco Gualta.

Matías Michelini elabora este corte com 65% de Malbec e 35% de Cabernet Franc com uvas selecionadas de uma parcela biodinâmica de solos calcários localizados em Gualtallary. Na vinícola, a intervenção é mínima, buscando a expressão mais pura do terroir. Ambas as cepas são co-fermentadas e mantidas por 18 meses em barri franceses T5.

É assim que um vinho fresco e austero é alcançado, com aromas sutis e complexos, um paladar fino, elegante e mineral.

Malbec Gran Reserva Corazón del Sol

Los Chacayes é uma das regiões com maior projeção no Vale do Uco. Na The Vines, encontrar-se a Corazón del Sol, a vinícola com foco em enologia administrada por Cristian Moor e que produz o vinho com a melhor pontuação na Argentina, de acordo com o relatório de 2019 da Wine Spectator.

O Malbec Gran Reserva Corazón del Sol provém de uma parcela plantada no leito de um rio antigo coberto por grandes rochas calcárias de origem aluvial. As condições desses solos e o clima seco produzem rendimentos extremamente baixos, o que resulta em um vinho complexo, com aromas de frutas vermelhas e florais, uma elegante viagem pelo paladar, acidez fresca, bom corpo e textura interessante.

Imperfecto

Daniel Pi é uma das principais referências da enologia argentina e o maior responsável pelos vinhos do Grupo Peñaflor. Mas além disso, Daniel Pi tem seu vinho pessoal que ele faz na garagem de sua casa com a ajuda da família. Estamos falando do Imperfecto, um dos vinhos argentinos mais premiados do mundo. 

O Imperfecto é um Malbec "contaminado" com 3% de Cabernet Franc, ambos de Gualtallary, com envelhecimento por 18 meses em barris de carvalho francês de vários usos. Seus aromas despertam os sentidos, predominando de frutas escuras e chocolate. Sua passagem pelo paladar é elegante, aveludada, com bom corpo e final explosivo.

Rupestre

Se formos falar dos vales Calchaquí, temos que mencionar Domingo Molina. Esta vinícola familiar localizada em Cafayate (Salta) possui um vinhedo a 2.200 metros acima do nível do mar, de onde se obtém as uvas que dão origem ao Rupestre, um blend de Malbec, Tannat e Merlot com envelhecimento por 12 meses em barris de carvalho francês.

O Rupestre é um vinho elegante, com notas de frutas maduras, tabaco e chocolate. Na boca, ele é poderoso, mas com boa frescura, bom peso e final longo. Um verdadeiro expoente do que esses vales têm a oferecer.

Malbec Gran Reserva Altocedro

Poucos produtores conhecem seu terroir tanto quanto Karim Mussi Saffie. Da vinícola  Altocedro, Karim interpreta os segredos de La Consulta, um dos lugares emblemáticos do Vale do Uco. No portfólio da Altocedro, encontramos este Malbec de seus próprios vinhedos com envelhecimento por 24 meses em barris novos de carvalho francês da Borgonha.

O Malbec Gran Reserva Altocedro é um vinho com grande potencial de envelhecimento, intenso, com grande estrutura e complexidade. Sua paleta aromática muda à medida que o tempo passa na taça, e no palato é redondo, com taninos macios e um final longo.

Até aqui, tivemos uma pequena amostra do que os vinhos argentinos podem oferecer à sua adega pessoal. Selecione o que você mais gosta, pois não ficará desapontado.

 

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